Turismo em prisões


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Que tal ir para a cadeia? Tailândia aposta no turismo carcerário para atrair mais visitantes

08 de setembro de 2020 - Drica Cestari

A Tailândia planeja transformar cerca de metade de suas prisões em atrações turísticas para aumentar o número de visitantes.


O país asiático, assim como muitos outros em todo o mundo, foi duramente afetado pelas restrições impostas pelos governos para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

A economia tailandesa, que é muito dependente do turismo, foi atingida em cheio por esta pandemia. A expectativa do turismo na Tailândia é de receber "apenas" oito milhões de visitantes em 2020, um quinto do total do ano anterior.

Turismo carcerário
O turismo carcerário é uma ideia que pode atrair turistas em buscas de novas experiências.

A Tailândia, para sobreviver à crise no turismo mundial, adotou uma ideia para atrair turistas dispostos a se hospedar em centros de detenções. Um projeto-piloto está em fase de testes em cinco prisões nas cidades de Trat, Rayong e Ratchaburi.

Eventos esportivos, concursos de culinária, exposições de arte e souvenires feitos por presidiários serão lançados em 72 das 143 prisões do país. O governo local acredita que esta decisão não apenas traria de volta os visitantes, mas também prepararia os presos para um retorno à vida em sociedade, além de mudar a imagem das prisões de um mundo sombrio para um local de oportunidades de regeneração.

Entre as preocupações deste tipo de turismo inclui a segurança dos visitantes e colaboradores e a criação de uma espécie de safári humano em relação aos presidiários, incluindo suas privacidades e direitos.

A Tailândia tem a maior população carcerária do Sudeste Asiático e os presos têm acesso limitado a instalações médicas, alimentos, água e saneamento, de acordo com um relatório de 2017 da Federação Internacional para os Direitos Humanos.

Novas leis foram apresentadas, desde então, para melhorar as condições das prisões no país, principalmente em relação à superlotação e um fornecimento de treinamento vocacional. Esta última pode ser uma oportunidade aos internos com o turismo prisional.

Barcos tradicionais na praia da Tailândia
As praias da Tailândia são bastante procuradas pelos turistas de todo o mundo. O turismo carcerário é uma medida que pode alavancar o setor de turismo após a pandemia.

A Tailândia já tem alguma experiência neste tipo de turismo. As ilhas de Ko Tao (Koh Tao) e Ko Tarutao, populares destinos turísticos tailandeses, já foram utilizadas como prisões.

O termo turismo carcerário também pode se referir a ida de parentes às cidades com presídios de grande porte, como os de segurança máxima. Este tipo de turismo movimenta vários setores na cidade como: hotéis, padarias, mercados e transporte. No modelo proposto pelo governo tailandês, também chamado de turismo carcerário ou prisional, o turista se hospeda no presídio e pode conhecer as atrações turísticas do país.

O conceito de turismo em prisões não é bem uma novidade. Algumas prisões históricas como Alcatraz em São Francisco são as principais atrações em todo o mundo. Antes da pandemia, a Ilha de Alcatraz atraia aproximadamente 1,7 milhão de visitantes anualmente.

Algumas prisões foram convertidas em museus e até hotéis de luxo. Em outras carcerárias, o turismo pode ser feito em alas separadas aos internos. Na Colômbia, uma prisão feminina tem um restaurante administrado pelas próprias presidiárias. No Brasil alguns presídios foram transformados em museus e locais de visitação, como na Ilha Grande, popular destino turístico do litoral sul do Estado do Rio de Janeiro.

Ainda não há um consenso do que separa o turismo a locais históricos, como prisões e campos de concentração, ao turismo obcecado por lugares sombrios ou macabros. O que é definido como turismo histórico e o que é definido como tanaturismo é tema de discussão entre pesquisadores do tema. O tanaturismo, também chamado de turismo macabro, são viagens a lugares historicamente associados à morte e à tragédia. O termo "tanaturismo" é uma junção das palavras "Tânato" e "turismo". Tânato, ou Tânatos, é a personificação da morte na mitologia grega.

Os brasileiros não precisam de visto de turismo e negócios para visitar a Tailândia, para estadias de até 90 dias, segundo a página do Portal Consular do Ministério das Relações Exteriores. Esta página contém uma lista com informações de todos os países que exigem ou dispensam vistos de turismo ou de negócios para cidadãos brasileiros que possuem passaporte comum.

Verifique sempre a possibilidade de ingressar neste país ou em outro destino, devido às restrições impostas pela pandemia de COVID-19.

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Site oficial:

Site oficial do Ministério do Turismo da Tailândia.

Pessoas de máscara nas ruas
O uso de máscara facial é uma das exigências em muitos destinos de viagem.

A pandemia de COVID-19 já registrou mais de 27 milhões de casos em todo o mundo com mais de 899 mil mortes. No Brasil já foram registrados mais de 4,1 milhões de casos e mais de 127 mil óbitos. O COVID-19 é uma doença respiratória aguda causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), contagioso entre seres humanos. A doença foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, na China, em 1 de dezembro de 2019, mas o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano. Para mais informações de como se prevenir, saber os sintomas do coronavírus, como é transmitido, diagnóstico, como se proteger e ajudar a evitar a propagação de doenças respiratórias como o COVID-19 acesse a página oficial do Ministério da Saúde destinada ao novo coronavírus COVID-19.

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